por laminas
que cintilam desejo
que despertam do bocejo
o gracejo
que faz o maxilar dançar
enquanto o vento
impulsivo queima-se
ao massagear a pele
que desliza à flor
pétala por pétala
pedalando até a prisão
perpétua,
o giro contínuo
das nossas grades com frestas,
da onde se escuta suspirar o timbre
do silêncio.