terça-feira, 5 de agosto de 2014

Guerra sem título



Penso nos galhos dos pântanos,
na manta verde que os cobrem,
nas veias, vivas dentro do opaco mogno,
dissipando o frio das entranhas,
do desconhecido invisível
a qualquer olhar florescido,
na imensidão circular
de seus braços unidos.

E sobre o centro da praça que se forma,
a inquietude de aceitar
a dominância do querer
não ser,
que jorra a seiva vermelha
de galhos umbilicais,
deslumbrados pela visão errante
que se tem do topo da escadaria.

E o meu querer,
é que lá do alto:

Seja possível observar
a lama vermelha cintilante
unir-se ao manto terroso
regando suas sementes esperançosas
com as lágrimas sonhantes,
desabrochando com tanta beleza
capaz de entorpecer pelo perfume
da essência mais rara,
e com a mais bela canção
do balançar dos braços unidos.

Que seja tão belo.
Que seja tão belo.

Que do ultimo andar caiam lágrimas.

Que seja tão belo.
Que seja tão belo.

Que seja necessário.

Descer as escadas,
e unir-se à beleza.

Luná Gonçá

Quesunteiros

Pesquisar este blog